ASSIM RELATOU MOISÉS:
Estava eu apascentando o rebanho de Jetro, meu sogro, sacerdote de Midiã, quando alcancei o monte de Deus, o Horebe. Ali, o inesperado me encontrou: uma sarça ardia em fogo, mas não se consumia. Aproximei-me, tomado de espanto, e do meio das chamas ouvi uma voz que me chamou pelo nome: “Moisés, Moisés!”
Respondi: “Eis-me aqui.”
Então Ele me ordenou: “Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.”
Aquela voz era do Deus de nossos pais — o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Tamanha foi minha reverência, que escondi o rosto, pois temia olhar para Deus. Ele disse ter visto a aflição do Seu povo no Egito, ter ouvido seus clamores e decidido descer para livrá-los da mão dos egípcios. E a mim caberia ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel.
Minha alma tremeu. Perguntei-Lhe: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”
Mas Ele respondeu: “Eu serei contigo.”
Insisti: “E se me perguntarem qual é o nome dAquele que me enviou?”
E o Senhor disse: “EU SOU O QUE SOU. Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.”
Ainda assim, temi que o povo não cresse em mim nem desse ouvidos à minha voz. Disse: “Eles dirão: ‘O Senhor não te apareceu.’”
Então Deus me perguntou: “O que é isso na tua mão?”
Respondi: “Um cajado.”
“Lança-o na terra”, ordenou Ele. Lancei-o, e imediatamente o cajado tornou-se uma serpente. Fugi dela, assustado.
Mas o Senhor disse: “Estende a mão e pega-a pela cauda.”
Tomei coragem, estendi a mão, segurei-a — e a serpente voltou a ser cajado.
Depois disse-me: “Põe a mão no peito.” Obedeci. Quando a tirei, estava leprosa, branca como a neve. Tornei a colocá-la no peito e, ao tirá-la outra vez, estava curada.
Por fim, o Senhor afirmou: “Se não crerem nestes dois sinais, tomarás água do rio e a derramarás em terra seca; e a água se tornará em sangue.”
Mesmo diante de tudo isso, confessei minha limitação: “Ah, Senhor, nunca fui homem eloquente… sou pesado de boca e de língua.”
Ele replicou: “Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, o surdo, o que vê ou o cego? Não sou Eu, o Senhor? Vai, pois, e Eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar.”
Ainda roguei: “Ah, Senhor! Envia aquele que hás de enviar, menos a mim…”
A ira do Senhor se acendeu, mas mesmo assim mostrou misericórdia. Disse: “Teu irmão Arão, o levita, fala bem. Ele virá ao teu encontro e se alegrará ao ver-te. Falarás a ele, e Eu serei com a tua boca e com a dele, e vos ensinarei o que deveis fazer.”
Assim, com o cajado na mão e o chamado no coração, voltei ao Egito, certo de que o Senhor caminhava comigo.
E ASSIM ENCERRAM-SE ESTAS PALAVRAS:
Com temor e obediência, atendi ao chamado do Altíssimo. Não por confiança em minha própria voz, nem por coragem nascida de mim mesmo, mas porque o Senhor, o Deus dos nossos pais, prometeu estar comigo. A cada passo, eu soube: não era sobre mim, mas sobre Aquele que tudo vê, tudo ouve e tudo pode.
A história que começa ali, no monte Horebe, é o início de um caminho de sinais, maravilhas e libertação. E como outrora o Senhor falou do meio da sarça ardente, Ele ainda fala aos que O buscam com o coração sincero.
Se esta narrativa tocou tua alma e despertou em ti o desejo de conhecer mais das obras do Deus vivo, convido-te a te inscrever neste canal. Aqui, seguimos contando os feitos do Senhor, dia após dia, para que nenhum coração se esqueça de que Ele ainda guia o Seu povo.
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