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Depois de anos de abandono, ele quis o filho de volta… mas era tarde demais!! #filhoabandonado

Una chica dio a luz a un bebé de piel oscura de su marido de piel clara… – YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=SIvJAdfEOZQ

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Marina era uma jovem de cabelos ruivos ondulados, com olhos claros que pareciam atravessar quem os encarasse. Estava cercada por um grupo animado de estudantes estrangeiros, todos muito falantes, cheios de energia, rindo alto e trocando piadas em várias línguas. Marina sorria educadamente, mas não conseguia acompanhar todas as conversas — respondia pouco, mais com gestos do que com palavras.

Um pouco mais afastado, no outro lado do pátio da Universidade Federal de Santa Bruna, estava Heitor. Já no último ano do curso de Física e Matemática, observava a cena com o maxilar tenso e os punhos fechados, numa mistura de raiva e impotência. Ele nutria sentimentos por Marina fazia tempo, mas ela sempre esteve fora do seu alcance. Estudava na Faculdade de Letras, no prédio vizinho, e quase sempre era vista entre alunos de intercâmbio.

“Claro”, pensava Heitor, “pra ela é interessante estar no meio deles. Olha só como ela ri, como parece leve… e o que eu tenho a oferecer? Minha mãe vive dizendo que nossa família tem tradição acadêmica — bisavô cientista, avô arquiteto, pai engenheiro — e daí? Vou me aproximar falando disso? Marina precisa ouvir algo divertido, algo leve… e eu sou um chato. Um desses que ninguém nota.”

E foi então, num momento totalmente inesperado, que tudo mudou. Marina se afastou do grupo e foi até ele, segurando um caderno. Um que Heitor nem tinha notado que deixara cair.

— Isso aqui é seu? — perguntou, erguendo o caderno. Ela sorria com tanta naturalidade que ele sentiu um calor estranho subindo pelo corpo.

— É… sim… obrigado. Nossa, que sorte. Hoje eu tô atrapalhado demais.

— Acontece — respondeu ela, com um aceno leve, e seguiu seu caminho, deixando Heitor parado ali, sem saber se sorria ou se corria atrás dela.

Depois daquele dia, ele simplesmente não conseguia mais se concentrar. Marina se alojara nos seus pensamentos como uma ideia fixa. E pior: ela sumiu. Não a via mais em lugar nenhum. Por dias, hesitou em perguntar sobre ela — até que, quase por milagre, a viu de novo. Estava no refeitório da universidade, com a bandeja nas mãos, tirando dinheiro da bolsa para pagar.

Heitor se aproximou rápido. Sentia que não podia perder a chance novamente.

— Deixa que eu pago — disse, estendendo o cartão. — Depois do que você fez por mim, devolvendo o caderno com as anotações da aula… salvou minha semana.

Ela pareceu surpresa. Corou de leve, mas tentou recusar.

— Ah, não precisa, é estranho… deixa pra lá.

Heitor riu, um pouco sem graça.

— Se eu pudesse, te convidava pro restaurante mais caro da cidade. Mas com a bolsa da universidade, só consigo te pagar o prato feito aqui da cantina.

Marina olhou para ele e riu. Era um riso curto, mas sincero.

— Tudo bem. Pode pagar.

Um minuto depois, estavam sentados à mesma mesa, conversando como se já se conhecessem há tempos. A afinidade era quase natural. Mas quando ele a convidou para sair, a resposta foi direta.

— Obrigada, de verdade. Fico até lisonjeada que você tenha reparado em mim. Mas não estou pronta pra nada agora. Estou focada nos estudos. Não quero me distrair… me desculpa.

Heitor entendeu. E mesmo sem insistir, continuou se aproximando aos poucos, dia após dia. Um ano depois, Marina aceitou casar com ele.

Mas nem todos aprovaram. A mãe de Heitor, dona Estela, fez questão de deixar claro:

— Ela é bonita demais pra você, filho. E ainda por cima é de fora… olho nela. Gente de fora costuma aprontar. Eu conheço histórias.

— Mãe, para com isso — respondeu ele. — Marina é decente. Não fala assim.

— Como é que você sabe? Espera só começar a ser enganado pra vir reclamar. Não diga que eu não avisei.

— Eu não vou reclamar de nada. Vou ser o homem mais feliz com ela.

— Vamos ver — murmurou Estela, virando o rosto.

O casamento foi alegre, colorido, cheio de sorrisos. Menos no rosto de Heitor, que não conseguia esconder o incômodo ao perceber como os rapazes olhavam para sua esposa. Aquilo envenenava seu coração, como uma sombra que se estende devagar. Marina percebia, e brincava com ele, tentando acalmá-lo com carinho, como quem tenta afastar uma nuvem antes da chuva.

 


Ela havia prometido amá-lo para sempre. Quando disse isso, Heitor acreditou. Sentia-se genuinamente amado também. Mas bastava ver Marina conversando com algum rapaz — ou pior ainda, sorrindo — que um fogo se acendia dentro dele, como se uma centelha inflamasse algo que já estava pronto para queimar.

E dona Estela, sua mãe, alimentava esse incêndio com gosto. Controlava os passos da nora como uma sentinela silenciosa. Cada vez que Marina saía de casa, ou mesmo trocava de roupa para ir a algum compromisso, o comentário vinha.

— Aonde você vai vestida assim?

Marina, com calma, explicava:

— Vou numa entrevista, dona Estela. Me ofereci como tradutora voluntária. Nada demais.

A sogra riu com escárnio.

— Isso lá é roupa de entrevista? Você não tem vergonha? Essa blusa parece que vai arrebentar, e essa saia tá colada no corpo.

— A blusa é do meu número — respondeu Marina. — Vou usar uma jaqueta por cima. E a saia… ela tem só um corte reto. O comprimento é até o joelho.

— Ainda acho que foi um erro o meu filho ter casado com você. Vive se exibindo. Só sabe andar rebolando, mostrando o busto… É isso que você chama de comportamento decente?

— Dona Estela, mesmo que eu quisesse, ninguém iria reparar — disse Marina, tentando brincar, mas já cansada.

Quando ficaram sozinhos, Marina desabafou com Heitor:

— Tô esgotada. Sua mãe vive me criticando. E olha que nem mora com a gente… imagina se morasse. Acho que ela me odeia.

— Marina, não fala assim… ela só é protetora. Ela quer nosso bem.

— Ela te ama. A mim, não.

Heitor suspirou. Tentou acalmá-la com um abraço.

— Eu vou falar com ela, tá?

Marina não sabia se ele falava sério ou só dizia pra apaziguar. Porque nada mudava. Quando dona Estela aparecia, os comentários envenenados vinham como agulhadas disfarçadas de preocupação. E o pior: influenciavam o filho.

— Nem pense em ter filhos agora, Heitor — dizia ela. — Primeiro viva com essa moça por uns anos. Veja como ela respira. Depois, se ainda fizer sentido, tenha filhos. Do contrário, você vai acabar criando o filho de outro achando que é seu.

Heitor ouvia tudo. E, ainda que tentasse não concordar, guardava as palavras. Assim, quando Marina tocou no assunto de ter um bebê, ele foi direto:

— É cedo demais pra isso. Não é o momento. Estamos jovens. Temos tempo. Não vejo motivo pra essa pressa.

Marina apenas acenou com a cabeça, tentando não parecer frustrada. Por dentro, sentia um desconforto. Tinha crescido acreditando que filhos eram uma consequência natural de um casal feliz. Mas seu marido parecia pensar diferente.

— Tudo bem — disse, tentando aceitar. — Talvez você tenha razão.

Mas a vida decidiu por eles. Menos de seis meses depois do casamento, Marina descobriu que estava grávida. A notícia a pegou de surpresa — não haviam feito planos, nem tomado precauções especiais. Tinha acontecido.

Contou a Heitor com um misto de timidez e alegria. Mas ele explodiu.

— Ah, então você decidiu isso sozinha, é? E achou que eu ia aceitar numa boa? Quem te deu permissão pra isso?

— Permissão? — ela gritou, chocada. — Você tá ouvindo o que tá dizendo?

Heitor ficou calado por um instante. Marina continuou:

— Somos casados! Casais engravidam! Ou você acha que isso aconteceu só porque eu quis? Você acha mesmo que só eu sou culpada por isso?

— Eu tinha outros planos. Você sabia disso.

— E eu não sabia que você ia reagir tão mal. Um homem que ama a esposa se alegra com uma notícia assim. Abraça, beija, protege. Você me deu foi bronca, como se eu tivesse cometido um crime!

Ela estava chorando agora.

— Se você não quer esse bebê, e se eu também não sou mais importante, eu vou embora. Você pode ficar com seus planos sozinho.

Só então, como se tivesse acordado de um delírio, Heitor se aproximou. Estendeu os braços e a puxou para si, em silêncio.

 

— Tá bom… tá bom, me desculpa — repetia Heitor, sem conseguir olhar nos olhos dela. — Não queria te machucar. Só fiquei… em choque. Aconteceu tão de repente, eu não tava pronto.

— Nem me fala da sua mãe — respondeu Marina com firmeza, a voz embargada de choro. — Só não ouse dizer que eu deveria me livrar do nosso bebê pra te agradar. Porque isso eu não vou fazer.

— Não, claro que não… desculpa — repetiu ele, agora tentando abraçá-la. Fez de tudo pra se redimir. Pediu perdão várias vezes. Disse que reagiu mal por medo, surpresa, pressão. Que as palavras ditas não refletiam o que ele realmente sentia. E Marina, mesmo magoada, quis acreditar.

Secou as lágrimas com as próprias mãos, forçando um sorriso.

— Tudo bem. Vai dar certo.

Mas no fundo, ela sabia que a batalha maior ainda estava por vir. Porque dona Estela, sua sogra, já deixara clara a opinião sobre nora e netos — e não era das melhores.

Por isso, quando contou a novidade, Marina esperava o pior. Mas surpreendentemente, a sogra não reagiu com ataques. Apenas balançou a cabeça com desdém e disse:

— Bom… veremos se você vai aguentar ter pelo menos um neto meu. Seja o que Deus quiser.

— Eu vou tentar, dona Estela — respondeu Marina, tentando manter a paz.

— É… tenta aí, né? — riu ela, sarcástica, antes de virar as costas.

Os meses passaram. A gravidez correu tranquila. Marina não sentia enjoo, não teve grandes incômodos, e tudo indicava que o bebê viria saudável. Os médicos confirmaram cedo: seria um menino.

Até dona Estela parecia um pouco mais suave com Marina. Começou a fazer perguntas, deu algumas roupinhas de presente, e até comentou que talvez o bebê puxasse os traços da família paterna. Tudo indicava que a paz, mesmo frágil, poderia se manter.

Mas então, veio o parto.

Marina deu à luz um menino forte, saudável, mas de pele mais escura do que esperavam. Os cabelinhos, pretos e espessos. Os olhos, escuros e vivos.

Ela não ligou. Achou o bebê lindo. Mas quando chegaram em casa, e Heitor viu o filho de perto, algo dentro dele quebrou.

Ele olhou. Aproximou-se. Depois, afastou-se como se tivesse levado um choque.

— O que é isso? — perguntou, apontando para o bebê como se não soubesse o que estava vendo.

— Nosso filho, Marco. Eu queria que o chamássemos assim… você se importa?

— Importar?! — gritou ele. — Esse… esse monstro não pode ser meu filho!

Marina congelou.

— O quê?!

— Minha mãe me avisou. Ela disse que quando você engravidasse, era pra eu pedir exame de DNA. E olha só! Nem precisa! Basta ver! Ele não é meu. Você me traiu!

— Como você pode falar isso?! — gritou Marina, o coração disparado. — Eu nunca… NUNCA te trai! Marco é seu filho, Heitor! Olha pra mim, olha meu cabelo, minha pele. Você acha que um bebê nasce uma cópia do pai? Isso varia!

— Ele é moreno! — insistiu Heitor, como se isso fosse a única prova necessária.

— Não é preto, é só… mais escuro. Como se isso mudasse alguma coisa!

Mas Heitor apertou os lábios, virando o rosto. E dona Estela, que até então observava em silêncio, finalmente soltou seu veneno:

— Sabia. Sabia desde o começo. E vou te dizer, Marina: ele ainda saiu claro demais pra sorte de vocês. Já pensou se tivesse nascido com outra cor? Ia ser um vexame. E quer saber? Até que seria melhor se meu filho tivesse se casado com uma balconista qualquer. Pelo menos seria fiel.

Marina não respondeu. Pegou o bebê nos braços e foi para o quarto. Deitou-se na cama com Marco no colo, envolto em cobertores azuis, e ali desabou. Chorou em silêncio, tentando não acordá-lo, mas suas lágrimas caíam sem parar.

Durante os dias seguintes, Heitor e Estela — que agora estava morando temporariamente com o casal — a ignoraram completamente. Não falavam com ela. Evitavam qualquer explicação.

Marina só podia esperar. Esperar que um dia, eles percebessem o erro que estavam cometendo.


Heitor não parecia disposto a perdoar. Passaram-se sete dias desde o nascimento de Marco, e a frieza entre eles só aumentava. Numa noite, ele chegou em casa completamente embriagado. Marina, que amamentava o filho na poltrona da sala, ergueu os olhos com cautela, mas antes que dissesse qualquer coisa, ele já veio em sua direção com a voz pastosa:

— Eu ainda quero saber… quem é o pai dessa criança. Porque meu filho, ele não é.

— Você devia se envergonhar — disse Marina, com a voz firme. — É seu filho, sim. Você devia chamá-lo assim.

— Eu não devo nada pra você… nem pra ele — cuspiu as palavras. — Vocês dois, somem daqui. Não quero ver mais nenhum dos dois.

— Então vamos fazer o teste de DNA, Heitor! — gritou Marina, indignada. — Eu nunca te traí! Nunca!

Mas ele não queria ouvir. Rejeitou a proposta com desprezo.

— Você matou o que eu sentia por você — disse, indo para o quarto, cambaleante. — E talvez nunca tenha sido amor mesmo.

Marina ficou ali, com o bebê no colo, em silêncio. As palavras ecoavam como facadas. E por mais que quisesse acreditar que ele estava apenas dizendo aquilo sob efeito do álcool, algo dentro dela se partia de vez.

Instantes depois, ela ouviu o ronco alto vindo do quarto. Levantou-se, foi até o armário e pegou uma tesoura. Cortou delicadamente uma pequena mecha de cabelo de Marco, guardando-a num envelope limpo. Depois, pegou um cotonete e colheu uma amostra da saliva do marido adormecido. Fez tudo em silêncio, com precisão. Não queria mais discussão. Queria provas.

No dia seguinte, entregou as amostras ao laboratório. Quando o resultado chegou, alguns dias depois, Marina sentiu o peito se inflar de alívio. Ela foi até Heitor e dona Estela, que tomavam café na varanda, e entregou o envelope com firmeza.

— Aqui está. O teste de DNA. Marco é seu filho. Isso é um documento oficial, assinado por profissionais. Não é a minha palavra — é a verdade.

Heitor pegou o papel, leu em silêncio, depois passou à mãe. Ambos ficaram mudos por alguns instantes. Mas em vez de se desculpar, Heitor soltou uma risada amarga.

— Não sei como você conseguiu isso… mas isso não prova nada pra mim. Basta olhar pra esse bebê e olhar pra mim. É óbvio que ele não é meu.

Ele arrancou o papel das mãos de Estela e o rasgou em pedaços, jogando-os no rosto de Marina.

— Vai embora. Leva esse garoto com você. Cria ele com quem você dormiu nas minhas costas.

— Heitor, tá anoitecendo! — implorou Marina. — Tá frio lá fora, e eu tô com um recém-nascido!

— Não me importa. Vai embora. Já arrumei outra pra morar aqui. Uma mulher decente, diferente de você. Um dia você vai se arrepender… mas já vai ser tarde demais.

Estela riu, satisfeita, e ainda empurrou Marina em direção à porta.

Sem ter pra onde ir, Marina caminhou pela cidade durante dias. Dormia onde conseguia — bancos de praça, abrigos improvisados, hall de prédios. Marco chorava, febril, e ela não sabia mais o que fazer.

Quando enfim sentiu que não havia mais forças, buscou ajuda no hospital. Ali, segurando o filho doente nos braços, explicou sua situação. Uma enfermeira, com olhar cansado mas compassivo, fez um gesto de cabeça e disse:

— O caso do bebê não é grave, ele só precisa de cuidados… e você, minha filha, precisa de um lar.

Depois de uma pausa, acrescentou:

— Tenho um irmão mais novo. Ficou viúvo há pouco tempo. Vive sozinho. Tá procurando alguém pra cuidar da casa… lavar, passar, cozinhar. Nada demais. Só manter o básico em ordem. Ele trabalha muito, quase não para em casa.

Marina hesitou, mas ouviu até o fim.

— Ele é decente. Já tem mais de cinquenta anos, não tem segundas intenções, só quer paz. Posso falar com ele, se você quiser.

— Por favor… fale — respondeu Marina, exausta.

Poucos dias depois, ela já estava morando na casa de Victor. O lugar era simples, mas acolhedor. E, pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu segurança. Cuidava da casa, preparava refeições, e Victor sempre foi respeitoso. Trabalhava o dia todo e, à noite, perguntava se Marco precisava de algo. Aos poucos, uma rotina tranquila se formou.

O tempo passou. Um ano se completou desde que Marina havia batido à porta daquele hospital.

Numa noite calma, após colocar Marco para dormir, ela preparou o jantar. Victor a observava em silêncio. Quando ela se virou para servi-lo, ele se aproximou, tocou levemente em sua mão e disse, com um olhar diferente:

— Marina… espera um pouco. Eu queria conversar com você.


Marina sentou-se obedientemente em uma cadeira, e Victor se sentou ao seu lado, segurando sua mão. “Por favor, não solte a minha mão. Só não diga nada até você me ouvir”, pediu ele.

Marina acenou com a cabeça, indicando que entendia.

“Durante este ano, não só me acostumei com você e Marco, mas também os amo sinceramente. Nunca desejei algo mais do que ter a oportunidade de compartilhar minha vida com vocês. Eu gostaria de passar o máximo de tempo possível com você. É possível que eu não queira te deixar ir”, Victor continuou, com os olhos cheios de emoção.

“Perdoe meu discurso confuso, eu me sinto como uma criança, mas não consigo evitar. Marina, eu te amo e quero te pedir em casamento. Eu sei que sou muito mais velho que você, mas isso não é importante agora. O que está por vir, só Deus sabe. Mas se você aceitar, eu prometo…”

Marina, tocando seus lábios com a mão, interrompeu-o suavemente. “Victor, você não precisa dizer nada. Eu também te amo muito, mas nunca pensei que você prestaria atenção em mim. Você conquistou meu coração com sua gentileza e cuidado. Ninguém nunca me tratou assim. Não precisamos de nada, apenas de estar juntos. Farei de tudo para te fazer feliz.”

Victor sorriu e, olhando nos olhos de Marina, disse: “Desde jovem, eu sabia que não teria filhos, mas você me deu um filho. Você me permitirá adotá-lo como meu próprio filho?”

Marina, surpresa, olhou para ele. “Olhe, até nos parecemos… Eu também tenho pele escura. Tenho sangue cigano nas veias. Uma das minhas bisavós era cigana.”

Marina se levantou de repente. “Acabei de lembrar… Mamãe me contou que seu avô, meu bisavô, também era cigano, e ele tinha um irmão chamado Nicholas que morreu quando era bebê. Ele era tão moreno e com cabelo escuro que eu me lembrei de tudo.”

Victor sorriu, mais uma vez. “Somos do mesmo sangue, Marina. Nosso destino agora será o mesmo.”

“Você nunca vai se arrepender da sua decisão”, continuou ele. “E farei o meu melhor para que você seja feliz.”

Marina manteve sua palavra. Victor, de fato, estava muito feliz com ela. Ele adotou Marco como seu próprio filho, e Marco, desde criança, o considerava seu pai. Quando Marco cresceu, Victor fez questão de proporcionar uma boa educação para ele. Juntos, gerenciaram o negócio da família. Com o tempo, quando Victor se aposentou, Marco assumiu a liderança da empresa.

Um dia, Marina foi ao escritório de seu filho para informá-lo sobre uma viagem. “Filho, seu pai e eu mudamos a data da viagem. Partiremos cedo amanhã. Peço desculpas por não poder nos despedir de você, Luciana e os netos. Eles nos aguardam no sanatório, e você sabe como os lugares lá se preenchem rápido.”

“Sim, mãe, claro”, respondeu Marco. “Não se preocupe com isso. Em uma semana, vou me encontrar com vocês. Estava mesmo sonhando em descansar com minha família. Já faz tempo que desejo passar alguns dias à beira-mar. Luciana e as crianças ficarão felizes também.”

“Aliás, estava pensando…”

Marina não terminou seu pensamento, pois alguém bateu na porta. Uma mulher mais velha e corpulenta entrou, vestindo um vestido desgastado. Atrás dela estava um homem magro, com a barba por fazer, de idade indefinida.

“Eu quero ver o diretor”, declarou a mulher. “Quero justiça porque meu filho não recebeu seu bônus. Ele passou muito tempo no hospital, tem um trabalho simples, mas isso não justifica o tratamento que deram a ele!”

Marco franziu a testa e perguntou: “Desculpe, mas não entendi do que você está falando.”

A mulher, irritada, respondeu: “Estou falando dos pagamentos devidos ao meu filho! Você, como diretor, não tem o direito de negá-los!”

Marina, já irritada com a situação, se virou para a janela, tentando manter a calma. “Eu… Penso que você deveria pensar melhor antes de falar, senhora Estela.”

Marco, surpreso, olhou para ela. “Sim, mãe, você também nos conhece.”

 

Você conhece essas pessoas?”, perguntou Marina com um olhar sério, antes de continuar. “Embora eles não precisassem de nós, pague-lhes a marca e deixe-os ir.”

Victor se aproximou da mesa, olhando fixamente para a situação. Ele então se voltou para Sérgio e perguntou calmamente: “Então, você é meu filho? Sérgio, você perdeu todos os direitos sobre nosso filho muitos anos atrás.”

Marina zombou, com uma risada fria. “Não me culpe por isso. Agora, com licença, quero conversar a sós com meu filho.”

Marco olhou para sua mãe e, em seguida, levantou a cabeça. Pegou o telefone e deu uma breve ordem ao contador: “Vão embora”, disse ele a Sérgio e Dona Natália. “Nós pagaremos tudo o que é devido, mas, por favor, não nos incomodem mais no futuro.”

Sérgio e Dona Natália, sem palavras, se curvaram levemente e saíram do escritório. Marina, então, se aproximou de Marco e o abraçou com carinho.

“Não se preocupe, filho. Isso é passado, acabou. Já se foi para sempre.”

“Sim, mãe”, respondeu Marco, com um sorriso aliviado. “Estou muito feliz por isso. Mas não conte nada ao papai. Eu não quero que ele se sinta mal.”

“Claro, filho. E a propósito, você está feliz que em breve nos juntaremos?” perguntou Marina, com um sorriso suave.

“Sim, estou muito feliz. E eu também estou muito feliz, mãe. Muito, muito feliz.”
E assim, com a superação de um passado conturbado e as promessas de um futuro cheio de esperança, Marina e sua família começaram a reconstruir suas vidas, mais fortes e mais unidos do que nunca. O amor e o perdão venceram, e o futuro parecia finalmente brilhar com novas possibilidades.

Agora, gostaríamos de saber a sua opinião sobre essa história. O que você achou do final? Deixe seu comentário aqui embaixo, contamos com sua opinião!

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