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DUAS GRANDES LENDAS DO VELHO OESTE

https://youtu.be/JA5n7VlZNOM
Hoje Vamos abordar parte da vida de um bandido conhecido como Black Bart ou Charles B.S, que operou como um ladrão de diligência no século 19 na Califórnia. Suas abordagens eram distintas, envolvendo estratégias não violentas e até mesmo devolvendo dinheiro a uma passageira. Apesar de sua notoriedade, há mistério em torno de sua vida pós-criminalidade e seu local de sepultamento, sendo alvo de diversas especulações.

Entre 1870 e 1884 ocorreram 347 roubos, desafiando a sorte de muitos bandidos, incluindo a acusação contra Doc Holiday e o próprio namorado da Fantasma Bill Brazelton, especialista em assaltar diligências. Contudo, o mais notório não era um desesperado highwayman ou um bandido comum, mas Charles B.S, nascido na Inglaterra em 1829, com o espírito aventureiro. Charles abriu caminho para as minas de ouro da Califórnia em 1849. Quando a guerra civil eclodiu, ele se alistou no exército da União, sendo ferido em Vicksburg, recebendo alta em 1865 e voltando à mineração.

Mas os anos após a guerra foram marcados por fracassos, mortes familiares e pobreza. Um dia, durante uma viagem, ao pedir uma refeição a um fazendeiro, foi recebido com hostilidade e restos de mesa. Essa experiência foi um ponto de virada para Charles B.S, que jurou nunca mais pedir nada a ninguém. Em 26 de julho de 1875, decidiu iniciar uma vida de crime, marcando o início de uma trajetória intrigante e cheia de reviravoltas em sua busca por vingança e redenção.

Em sua investida inicial no condado de Calaveras, Califórnia, escolheu estrategicamente um ponto para seu ataque. Escondido entre os arbustos, ele utilizou gravetos como suporte para rifles. Boze, o destemido motorista, desafiou-o, sugerindo um jogo de vôlei com balas. O blefe surpreendentemente funcionou, levando o motorista a derrubar a caixa fortificada, que Charles abriu habilmente com uma machadinha. Este episódio marcou o primeiro de aproximadamente 28 assaltos em uma carreira criminosa de oito anos.

Em cada abordagem, Charles B.S era descrito com seu característico longo espanador, chapéu coco, espingarda em mãos e a cabeça envolta por um saco de flores. Intrigantemente, investigações revelaram que, apesar de suas atividades ilícitas, o bandido era educado e nunca roubava diretamente dos passageiros. Um incidente peculiar envolveu uma passageira que jogou sua bolsa pela janela. Charles, diferenciando-se, devolveu-a, recusando o dinheiro e expressando interesse apenas nas caixas.

A complexidade do caso desafiou o detetive do Wells Fargo, James Behyume, pois as únicas pistas eram poemas ocasionalmente deixados nas cenas, assinados pelo enigmático Black Bart, personagem de um conto que Charles admirava. Em 3 de novembro de 1883, durante um assalto, um passageiro foi baleado antes de desembarcar, potencialmente ferindo o cavalheiro bandido. Esse evento levou à descoberta de um lenço sujo com uma marca, rastreado até um lavador em São Francisco. Black Bart foi preso, cumprindo quatro anos em San Quentin.

Surpreendentemente, durante seus assaltos, nunca cortou a espingarda nem possuía um cavalo. Após sua libertação, Charles B.S praticamente desapareceu com esposa e filhos em Illinois. Ele nunca mais entrou em contato durante seus anos de fora da lei. Muitos cemitérios na Califórnia alegam ser o local de descanso final do infame Black Bart, mas seu destino pós-crime permaneceu envolto em mistério. No entanto, atualmente não existem provas concretas sobre o local exato de seu sepultamento, deixando a incerteza pairando sobre essa parte crucial da história.

Uma conclusão significativa emerge: o cavalheiro por trás das façanhas que se destaca como uma das figuras mais notáveis do século XIX era um homem inteligente e espirituoso, desprovido de interesse pela violência. Seu legado é esculpido não apenas em atos audaciosos, mas também em uma ética de trabalho incansável. Ele dedicou-se arduamente a conquistar o pão para si, buscando honra e riquezas ao longo de sua jornada. Contudo, mesmo entre os calos de suas mãos, revela-se um caráter singular, marcado pela determinação e recusa em sucumbir aos métodos violentos tão comuns na época.

 

 

Esta é a história de Billy The Kid, um dos mais conhecidos personagens do Oeste americano, que viveu uma vida marcada por escolhas ousadas e encontros fatais. Nascido William Bonney, ele ganhou notoriedade como um dos fora-da-lei mais falados de sua época, cujas ações ainda ecoam na memória do Velho Oeste.

Apesar de ser associado às terras áridas e selvagens do Oeste, Billy nasceu na movimentada Nova York, em 1859, sob o nome Remo McCartney. Após perder o pai, a família mudou-se para o território de Indiana, onde sua mãe se casou novamente. Mais tarde, partiram rumo ao Oeste em busca de novas oportunidades. No entanto, a vida de Billy tomou um rumo sombrio aos 14 anos, quando sua mãe sucumbiu à tuberculose no Novo México.

Sem a figura materna e sem apoio, ele iniciou sua trajetória nos pequenos delitos, que logo escalaram. Após ser preso com um amigo, conseguiu escapar pela primeira vez, fugindo para o Arizona. Ali, tornou-se ladrão de cavalos e, durante uma briga em um bar, tirou a vida de um homem pela primeira vez. Alguns disseram que agiu em legítima defesa, mas isso não o livrou da condição de procurado.

De volta ao Novo México, enfrentou o desafio de sobreviver no deserto após ter seu cavalo roubado por índios apaches. Eventualmente, encontrou emprego com John Tunstall, um criador de gado britânico que tratava Billy com respeito, algo raro em sua vida. Entretanto, Tunstall entrou em atrito com poderosos do Condado de Lincoln, desencadeando uma série de eventos que mudariam tudo.

O assassinato de Tunstall em 1878, realizado por pistoleiros contratados pela elite local, provocou uma revolta entre seus amigos, levando à formação de um grupo armado conhecido como Reguladores. Em busca de justiça, o grupo enfrentou os envolvidos, incluindo o xerife William Brady e seus aliados. A tensão culminou em um longo tiroteio, a Batalha de Lincoln, que durou cinco dias. Apesar de terem vantagem inicial, os Reguladores foram cercados por reforços militares. Billy conseguiu escapar do cerco, mas muitos de seus companheiros perderam a vida.

Após o conflito, uma tentativa de anistia excluiu Billy, forçando-o a continuar como fugitivo. Ele tentou dialogar com o governador e ofereceu testemunhar sobre os crimes que presenciou durante a disputa, mas a promessa de perdão não foi cumprida. Sem outra opção, fugiu novamente.

Durante esse período, sua reputação crescia com episódios que alimentavam sua fama. Em um caso, enfrentou um adversário em um saloon, mostrando inteligência ao manipular o tambor do revólver alheio, garantindo que a arma não disparasse contra ele. A recompensa por sua captura aumentou, e o xerife Pat Garrett assumiu a tarefa de colocá-lo atrás das grades.

Garrett conseguiu prendê-lo, mas Billy escapou mais uma vez, eliminando dois guardas no processo. Determinado a terminar o confronto, o xerife organizou uma armadilha. Durante um encontro na casa de um conhecido, Billy foi surpreendido e morto por Garrett.

Com apenas 21 anos, a curta e agitada vida de Billy The Kid chegou ao fim. Apesar disso, sua história continuou a ser contada, e os relatos sobre ele ajudaram a firmá-lo como uma figura fascinante do Velho Oeste, envolta em histórias de coragem, ousadia e tragédia.

E assim se encerra mais um capítulo dessa história fascinante do Velho Oeste. Se você gostou do vídeo e quer mais relatos como este, não se esqueça de deixar o seu like e se inscrever no canal para não perder nenhuma novidade. Até a próxima!