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Sati é julgada por adultério!!Sati, Pentephres e Hapú recebem a sentença do Faraó! #FéInabalável🙏📖💪

ASSIM RELATOU José:

O dia em que tudo veio à tona foi como um vendaval que invadiu o palácio e destruiu cada vestígio de paz. Ouvi os gritos antes mesmo de entrar no aposento, e quando finalmente me aproximei, vi Potifar com os olhos ardendo de ira, apontando para Sáti com desprezo.

Potifar falou: “E ainda por cima, no nosso quarto… pretendiam usar a minha cama também? Sáti tenta se defender: Você entendeu tudo errado, Potifar. Eu…!”

Mas ele não me deixou terminar. O som da sua voz cortava o ar como uma lâmina.

Potifar falou: “Entendi tudo errado? Eu vi você beijando o servo como uma prostituta. Vai me dizer que me enganei? Qual a desculpa dessa vez, Sáti? Diga! Eu quero ouvir… Por favor. E você? O que estava fazendo? Esfregando o seu corpo no dele? Estou curioso pra saber o que pode inventar.”

Sáti, tremendo, tentou se explicar: “Essa foi a primeira vez… Acredita em mim, por favor…”

Potifar não hesitou: “Mentirosa! Eu sei que está mentindo. Por fora, é uma mulher bonita. Mas por dentro, é como uma cadela… se esfrega em qualquer um pra se saciar.”

Ela caiu de joelhos, lágrimas no rosto: “Eu errei… Eu errei muito! Mas eu te amo!”

Potifar gritou: “Cala a boca! Cala a boca! Diz que eu perco a cabeça…
Sáti suplica: Pela graça de Ísis, me perdoe!”

Potifar retomou a postura, com nojo estampado no rosto: “Não pronuncie o nome da deusa! Você não é digna de clamar Ísis… ou qualquer outro deus. Nenhum deles vai livrá-la da sua pena.”

Sáti soluçava: “Eu não quero morrer…”

José observava em silêncio, sentindo o peso do momento. Não demorou para que o clima se tornasse ainda mais solene.

Potifar falou: “O palácio… ambos irão ajudar a resolver essa questão.Chegando em frente ao Faraó, Potifar relatou tudo: Senhor, fui muito desmoralizado. Sáti abusou da minha confiança.”

O soberano, sentado com sua imponência costumeira, respondeu: “Fique tranquilo, Potifar. Cuidarei disso pessoalmente. Só preciso pedir às autoridades que compareçam ao palácio. Iniciaremos o julgamento.”

Potifar curvou a cabeça em sinal de gratidão: “Agradeço muito, soberano.”

Mas os rumores já se espalhavam. Havia quem dissesse que Sáti tentava conquistar a simpatia da grande esposa real. Potifar não negou: “Sáti me pediu para vê-la… Como não queria deixá-la sozinha em casa, decidi consentir.”

O soberano, com frieza, comentou: “Talvez esse tenha sido o seu erro, comandante… Sátisfazer todas as vontades da sua esposa.”

José apenas acompanhava com os olhos atentos. Potifar olhou fixamente para o Soberano e disse: “Concordo. Eu não quis enxergar o que estava diante dos meus olhos. Mas agora… basta.”

Sáti tentou se aproximar da Rainha, olhos suplicantes: “Senhora , isso não pode continuar. Somos pelo mesmo sangue! Só você pode me salvar!”

Mas ela se manteve firme: “Não há o que fazer, Sáti. Infelizmente, eu sou a grande esposa real mas como posso ajudá-la diante de um flagrante?”

Ela insistiu: “Eu sei o quanto o faraó te ouve! Se interceder por mim, ele será brando comigo…”

A Soberana interrompeu: “Quantas vezes eu te avisei? Você se arriscou demais. Admiro Potifar por não ter pedido o divórcio antes.”

A Soberana replicou com frieza: “Certamente perderá todos os seus bens. Se tivesse sido correta e pedido o divórcio de Potifar, com certeza manteria parte da fortuna. Mas ter sido pega com outro homem? Isso não lhe dá direito a nada. Deveria ter pensado nisso antes.”

Sáti confessou em tom baixo: “Eu não queria me separar de Potifar. Eu gosto dele… e queria manter as minhas aventuras também.”

Ela se aproximou mais, quase suplicando: “Por favor! Você precisa me ajudar…”

A Esposa Real balançou a cabeça: “Eu gostaria muito de poder ajudar. Mas contente-se se o soberano tirar de você apenas os bens. Você sabe que pode perder algo mais… não sabe?”

O julgamento foi marcado. Todos se reuniram no grande salão.

O soberano falou em voz alta: “Obrigado a todos por atenderem ao meu chamado. Iniciaremos o julgamento da senhora Sáti, esposa do comandante da guarda, senhor Potifar, e do servo Rabú. Acusação…”

Pentéfis com uma voz debochada surgiu entre os presentes: “Isso vai ser muito divertido…”

Sáti gritava, desesperada: “Eu não quero morrer! Eu não quero morrer, por favor!”

O Faraó ordenou: “Silêncio! Vocês devem falar apenas quando eu mandar! Mostrem algum respeito diante do Deus-Rei!”

Ela caiu ao chão, implorando: “Piedade! Piedade! Eu imploro! Piedade!”

Potifar tomou a palavra com firmeza: “Exatamente o que aconteceu… Minha mulher me traiu! Ao entrar no meu quarto, encontrei Sáti se beijando na boca com o servo!”

O Faraó voltou-se para Sáti: “Tem algo a dizer em sua defesa?”

Ela chorava: “Foi um erro, eu sei… Mas foi apenas um beijo. Eu nunca traí Potifar antes. O servo me instigou e, quando dei por mim, já estava em seus braços. Mas eu nunca me deitei com Rabú, eu juro… Juro pela gloriosa deusa. Estou tão arrependida…”

Potifar interrompeu: “É mentira, senhor! Sempre desconfiei dela, mas hoje tive a prova.”

e confirmou: “Sáti se deita com outros homens há muitos anos!”

Ela gritou: “Isso é uma infâmia! Como pode me acusar sem provas?”

A resposta foi seca: “Não tenho provas… mas eu sei. Sei que você me trai. E não foi a primeira vez. Se eu não a surpreendesse hoje, certamente não seria a última.”

A Soberana interveio: “Se você tem alguma culpa, é melhor confessar, prima. Não arrisque o julgamento no mundo dos mortos carregando mentira.”

O Faraó comentou: “Mentir diante dos olhos vivos é um crime gravíssimo.”

Potifar, tomado de dor e raiva, desabafou: “Eu te tratei como uma deusa… Mas nunca conseguiu me Sátisfazer plenamente. Não é isso que você quer?”

Sáti respondeu entre soluços: “É tudo culpa desse infeliz. No comando da guarda real! Ele é respeitado por todos, mas entre quatro paredes é um eterno perdedor.”

Ela continuou: “Você é culpado por sempre ter me dado tudo que quis… Mas não me deu o mais importante. Esse… eu tive que buscar em outros. Esqueceu de mim na cama. Até escravos, eu obriguei a me amarem.”

José falou, com firmeza: “Sim, foi o que tentou fazer comigo. Mas eu não quis me deitar com você. Por isso você me incriminou.”

Sáti berrou: “Maldito! José não me quis! Foi o único que me rejeitou… Já o sumo sacerdote Pentéfis… esse aproveitou bastante do meu corpo.”

Os murmúrios se espalharam pela multidão como uma peste.
“O quê?”, exclamou o faraó. “Pentéfis?”

Pentéfis, declarou: “Essa mulher é uma mentirosa. Está vendo que não tem saída, e por isso tenta incriminar inocentes, levando-os à desgraça. Vai ter coragem de mentir diante dos vivos?”

Mas o servo confirmou: “É verdade. Eles eram amantes. Se encontravam até no templo de Sete.”

“Nem os deuses vocês respeitaram!”, gritou a soberana com fúria.

A corte aguardava, o silêncio era denso. E eu, José, permaneci firme. A verdade, mesmo quando amarga, deve ser revelada.


Potifar foi tomado por uma angústia profunda ao presenciar os acontecimentos que se desdobravam diante dos meus olhos. A confusão tomava conta da sala, as palavras se entrechocavam como lanças em meio à batalha. E ainda teve de ouvir aquela acusação cruel… “Além de tudo, queriam usar minha cama.” As palavras saíram como flechas: “Ela falando que eu entendi tudo errado! Reclamou que ao ver ela beijando um servo que eu a chamei de uma prostituta?”


O silêncio caiu como um manto pesado.
“Já escutamos o suficiente”, declarou o soberano.
“Sáti, você cometeu adultério diversas vezes. Perderá todos os seus bens.
E, como manda a tradição, terá a ponta do nariz cortada para que todos saibam quem você é.”

Meu coração se partiu em pedaços. “Não! Isso é desumano!”

A Soberana falou para a prima: “Foi sua escolha, prima”, disse ele.

O Faraó se virou para o servo: “Você roubou de uma casa sua riqueza mais preciosa. Será lançado aos crocodilos famintos. Seu corpo será destruído e você cairá no esquecimento.”

“Não, por favor!”, implorou o servo em vão.

Quanto a Pentéfis, o soberano decretou: “Será destituído do sacerdócio. Tem até o pôr do sol para deixar o Egito. Está banido.”

“Mas são apenas palavras dela!”, ele se desesperou o Sumo Sacerdote!
“Essa foi a última mancha em sua reputação”, respondeu o faraó. “Você representa uma ameaça à ordem cósmica. Deve partir.”

Sua queda foi oficializada. “Retirem seus acessórios sacerdotais. O templo de Sete não é mais sua casa.”


A sentença foi divulgada ao povo: “O sumo sacerdote foi destituído e expulso pelo Deus-Rei.”

Mas a tragédia não terminou ali. Azenate filha de Pentéfis e minha esposa, ao saber da desgraça do Pai:

levou água, comida, tentou oferecer um travesseiro. Mas ele recusou tudo.
“Olha o que você fez”, ele disse. “Como pensa que vou sobreviver?”
“Você era minha filha… agora é uma desconhecida.”
“Me deixa em paz!”, ele gritou entre lágrimas.

E assim pentéfis foi expulso do Egito!!!